tag:blogger.com,1999:blog-461955842900507710.post5768000823684085582..comments2023-03-24T04:07:34.639-07:00Comments on O Corpo é Meu!: Carta ao corpo: um exercício transformadorAna Carolina Pereira Costahttp://www.blogger.com/profile/10438853215841406355noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-461955842900507710.post-87175785631211416332015-12-15T12:44:12.727-08:002015-12-15T12:44:12.727-08:00Faz uns meses li esse post e achei super interessa...Faz uns meses li esse post e achei super interessante. Ele me fez pensar muito nos princípios da Comunicação Não Violenta, aos quais fui apresentada por uma amiga querida e que tento aplicar na minha vida todos os dias. Os princípios incluem assertividade, empatia, gentileza propostos pelo texto. <br />Consegui estabelecer uma comunicação não violenta com diversas pessoas, conhecidas e não tão conhecidas, em diversas situações. Mas nunca tive coragem de estabelecer uma comunicação não violenta com meu próprio corpo, como proposto nesse post. <br />Fugi desse post porque não queria muito pensar em escrever uma carta empática, assertiva e gentil a meu corpo. Tenho raiva dele, tanta raiva que não conseguia nem pensar em ser empática ou gentil. Mas relendo, me identifiquei demais com o trecho em que ela diz “Sabe como geralmente me descrevem? “Uma menina inteligente”. Disso decorrem duas coisas: jura que sou ainda “menina”, se já tenho 35 anos? Gosto que me chamam de “inteligente”, porque assim se reforça a ideia: não preciso ter você-corpo pra existir e ser elogiada.”<br />Me identifiquei com as duas partes: eu tenho 36 anos e ainda sou tratada como menina (principalmente pelo meu pai), me sinto menina, me sinto tão jovem em tantos aspectos ao mesmo tempo em que esse “36 anos” tem pesado demais. Muitas vezes me sinto longe da pessoa ponderada que eu imaginava ser quando passasse dos 30 e às vezes tenho a impressão ter tido experiência para 3x 36 anos. Desse lado, o “36 anos” tem pesado. Penso “pra que me preocupar com isso agora.... que estou VELHA”. Ao ler isso, acho absurdo, mas juro que é isso o que penso na maior parte do tempo. <br />A segunda parte dessa frase bateu ainda mais forte: também sou considerada inteligente. Me agarro nisso com todas as minhas forças – ser inteligente é onde ninguém pode me bater. Ninguém pode me agredir. Posso desmontar argumentos em questão de segundos – com elegância das formulações complexas ou com golpes baixos do tipo “ai, olha, vai aprender a escrever primeiro antes de vir aqui tentar discutir”.<br /><br />O corpo nunca foi meu forte. Nunca gostei da forma dele. Quando criança, sofria bulllying por causa do meu corpo – mesmo não tendo sido uma criança gorda (o curioso é que sofria bullying principalmente pelo meu cabelo, com o qual tenho uma relação muito boa hoje), era vitima de dedos apontando para mim. As pessoas diziam que eu era gorda, que eu comia demais (não, eu não era gorda, sim, eu comia muito pao em um momento da minha vida). Nunca fui boa de esporte – sempre sempre SEMPRE fui a ultima a ser chamada para o time... Isso é um trauma pra mim até hoje... Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/14193469147740775881noreply@blogger.com