domingo, 19 de dezembro de 2010

Como fazer as pazes com a comida nessas festas

Pois é, as festas estão chegando. E, com elas, todos os pratos deliciosos que culturalmente só comemos no Natal ou no Ano-Novo. Seguindo o exemplo de um blog americano que eu adoro ("Weightless", está na lista dos blogs amigos!), gostaria de deixar uma breve mensagem para que todos possam curtir em paz, assim como eu, esse momento do ano tão familiar e festivo.

1. Você tem o direito de saborear sem culpa sua ceia de Natal e Ano-Novo, pois é só nessa época que você tem panetone, peru, tender e aquela farofinha especial da sua avó.

2. Você não deve fazer jejum nos dias 24 e 31 para poder se empanturrar à noite, você vai acabar comendo muito mais, vai se frustar por perder o controle e não vai saborear sua refeição dignamente. Não desrespeite a si mesmo.

3. Pare de comer quando estiver satisfeito, mesmo que isso signifique guardar a fatia daquela torta de nozes maravilhosa da sua tia para o almoço do dia 25 ou do dia primeiro. Você não precisa comer a mais do que seu corpo lhe pede para agradar ninguém.

4. Aproveite a hora da ceia para se sentar perto daquele primo que você não vê a tempos, aliás, que você viu há exatamente um ano na ceia de Natal passada. Afinal, a boa comida também tem seu papel social importante!

Passem adiante, feliz Natal e até o ano que vem!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Conflito de interesses

Um exemplo claro de como a indústria do emagrecimento visa aprovar medidas milionárias em nome da "saúde" e do enriquecimento próprio, diga-se de passagem. A empresa Allergan, fabricante de bandas gástricas usadas em cirurgias bariátricas, quer tentar reduzir o limite de IMC proposto para a realização deste tipo de cirurgia, baseada em um único estudo conduzido por ela própria. Atualmente, para a pessoa ter indicação para a cirurgia de obesidade, deve ter um IMC igual ou acima de 40kg/m² (obesidade grau III, o que era chamado antigamente de "obesidade mórbida) ou IMC entre 35 e 40kg/m², associado a complicações clínicas (diabetes, hipertensão, etc). A empresa quer reduzir os limites para 35kg/m² e a partir de 30kg/m² com complicações, respectivamente.
Será que não existem conflitos de interesse em jogo?! Será que a empresa está divulgando que 70% dos pacientes do seu estudo apresentaram efeitos colaterais como vômito e dor, após a colocação da banda?! E que 0,1% dos pacientes que colocam o anel morrem em até 30 dias após a cirurgia?! É viável aprovar uma medida tão drástica com base em apenas um estudo, e ainda por cima realizado por uma empresa que vai ganhar milhões caso isso ocorra?!