Foi publicada hoje no Diário Oficial da União uma resolução da Anvisa (RDC 24, de 15 de junho de 2010) que diz que alimentos ricos em sódio, açúcar e gordura deverão ter alertas à saúde em suas propagandas. Se estas forem no rádio, por exemplo, o locutor terá que fazer o alerta; se forem na televisão, a narração fica sob a responsabilidade do personagem principal.
Os alertas visam informar aos consumidores sobre os possíveis danos à saúde caso haja um consumo exagerado do alimento em questão. Resta saber se, a longo prazo, essa medida vai promover o consumo consciente desses alimentos ou se somente vai deixar a população mais neurótica. Um estudo americano de 2005, por exemplo, verificou que a maioria dos adolescentes não mudou sua escolha de fast-food após ser apresentada a um cardápio que continha o conteúdo de calorias e gordura dos alimentos. Vamos aguardar...
terça-feira, 29 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Exercício consciente ("mindful exercise")
Atualmente, todos sabemos que as principais razões que nos motivam a praticar atividade física são o culto à estética e a preocupação com a saúde. Em meio a tanto alarde e informação sobre como queimar mais gordura, como modelar mais rapidamente os músculos e como melhorar a saúde cardiovascular, acabamos nos esquecendo do prazer e bem-estar que sentíamos quando criança ao brincarmos de pega-pega e esconde-esconde. Sem precisar contar calorias, ou usar um relógio para monitorar a pulsação, ou um tênis anti-impacto. Na tentativa de resgatar a prática de atividade física como fonte de prazer e nos fazer prestar mais atenção ao que nossos corpos nos dizem, criou-se o termo "mindful exercise", isso é, exercício consciente. Um exercício consciente é aquele que:
1. É usado para energizar o corpo, e não para exauri-lo ou depletá-lo;
2. Serve para aumentar a coordenação e a conectividade entre corpo e mente;
3. Alivia o estresse mental e físico, não contribuindo para aumentá-lo;
4. Proporciona prazer, não dor, e não funciona como punição (comi demais, então...)
Se você é daqueles que precisa fazer um enorme esforço para sair de casa e ir até a academia que fica ao lado de casa, ou se entra numa aula de spinning não vendo a hora dela acabar, reavalie se você realmente gosta da atividade física na qual está se engajando. E pense nas quatro condições acima. Seu corpo irá agradecer. Você também.
1. É usado para energizar o corpo, e não para exauri-lo ou depletá-lo;
2. Serve para aumentar a coordenação e a conectividade entre corpo e mente;
3. Alivia o estresse mental e físico, não contribuindo para aumentá-lo;
4. Proporciona prazer, não dor, e não funciona como punição (comi demais, então...)
Se você é daqueles que precisa fazer um enorme esforço para sair de casa e ir até a academia que fica ao lado de casa, ou se entra numa aula de spinning não vendo a hora dela acabar, reavalie se você realmente gosta da atividade física na qual está se engajando. E pense nas quatro condições acima. Seu corpo irá agradecer. Você também.
sábado, 12 de junho de 2010
64% das universitárias brasileiras estão insatisfeitas com o corpo
A afirmativa do título foi um dos resultados encontrados numa pesquisa que acabou de ser publicada no Jornal Brasileiro de Psiquiatria. O estudo avaliou aproximadamente 2400 universitárias de cursos da área da saúde (exceto nutrição e medicina) das cinco regiões brasileiras, e adivinhem: as universitárias que desejavam ser menores (isto é, mais magras) eram as da região Norte! E mais: quase metade (47,8%) das estudantes com peso normal desejavam ser mais magras e acreditavam inclusive que isso era necessário para serem saudáveis. Ou seja, tanto se fala sobre o padrão de beleza, que é muito magro e rígido, mas talvez fosse interessante rever o próprio padrão de saúde que está sendo propagado pela sociedade, pela mídia e também pelos profissionais da área.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Saber que seu filho tem excesso de peso faz com que os pais encoragem a prática de dietas
Um estudo publicado na revista científica Pediatrics comparou os comportamentos de pais que sabem que seus filhos estão acima do peso (com sobrepeso ou obesidade) e daqueles que não sabem, isto é, que acreditam que o peso do seu filho está adequado. O interessante é que não houve diferença entre os grupos nos quesitos número de refeições em família (sabe-se que quanto maior, melhor), disponibilidade de frutas e verduras e também de guloseimas (refrigerantes, doces) na residência, e incentivo para que o adolescente escolhesse alimentos mais saudáveis e praticasse exercício físico. A única diferença encontrada foi: pais que entendem que seu filho tem excesso de peso tendem a encorajar com mais frequência a prática de dietas. E tem mais: não houve diferença significante entre os grupos na porcentagem dos adolescentes que permaneceram com excesso de peso ao longo dos cinco anos do estudo. Isto é: saber que o filho estava gordo fez com que os pais incentivassem mais a prática de dietas (fator de risco importante para o surgimento de transtornos alimentares, diga-se de passagem), mas não fez com que ele emagrecesse! Mais uma vez, percebe-se que boas intenções nem sempre bastam. Que tal os pais começarem a focar na saúde de seus filhos e em alguns comportamentos benéficos (realizar mais refeições em família, comprar menos refrigerante) ao invés de se preocuparem pura e simplesmente com a perda de peso?
domingo, 6 de junho de 2010
Por debaixo do véu
O que era para ser um dos dias mais felizes da vida de uma mulher acaba se tornando uma verdadeira tortura. Estudo australiano com 879 noivas entre 18 e 49 anos constatou o que muita gente já sabe: o desejo de estar mais magra no dia da cerimônia é bastante comum entre elas, principalmente entre as mais gordinhas. Em média, as participantes do estudo desejavam perder 8kg até o dia do casamento, independentemente da idade. Para isso, 80% delas planejavam se exercitar mais; 74% manifestaram a intenção de seguir um "plano alimentar saudável " (vai saber o que cada uma intende por saudável); 1,3% relataram que tomariam laxantes e uma noiva disse inclusive que pretendia fazer cirurgia bariátrica. Um outro estudo semelhante constatou que algumas noivas chegaram até mesmo a comprar um vestido um tamanho menor para se obrigarem a emagrecer! O pior é que o estímulo para perder peso pode vir da própria família ou mesmo do próprio noivo, ou seja, na minha cabeça isso soa como: "olha, nós nem nos casamos ainda, mas eu já não te aceito do jeito que você é, portanto trate de perder peso!"
Lamentável...
OBS: dedico esse post a uma grande amiga que se casará em breve e, apesar de ter um peso absolutamente adequado e um corpo de dar inveja, está fazendo dieta.
Lamentável...
OBS: dedico esse post a uma grande amiga que se casará em breve e, apesar de ter um peso absolutamente adequado e um corpo de dar inveja, está fazendo dieta.
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