sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pela "desmoralização" da atividade física

Quebrando o jejum de postagens aqui do blog (e aproveitando a deixa da reportagem que saiu no New York Times dia 29/1, "The ripped and the righteous"), vim falar um pouco sobre um assunto que me deixa muito incomodada: a noção de que ser fisicamente ativo significa possuir altos valores morais e de caráter.
O que exatamente eu quis dizer com isso? Bem, atualmente, frequentar a academia e fazer exercício virou sinônimo de disciplina, obediência, esforço. O suor é a porta de entrada para uma vida "virtuosa". Nessa visão, a pessoa sedentária não somente está prejudicando sua saúde como também é "preguiçosa" e "sem vergonha". O exercício físico é hoje um presente que foi embrulhado em julgamentos morais.
Mas não seria exatamente essa visão equivocada da atividade física um dos entraves para que as pessoas comecem a se exercitar e permaneçam ativas? O fato de saberem que estão sendo julgados pelo tanto de exercício que fazem aumenta a ansiedade dos praticantes e torna a atividade física algo maçante e puramente necessário.
Esse post é um apelo pela "desmoralização" da atividade física, para que possamos nos focar de fato nos reais benefícios de permanecermos ativos: nos sentirmos bem, contentes e, consequentemente, saudáveis.

Um comentário:

  1. Exatamente!Do que adianta você suar, e chegar em casa super cansado e não aproiveitar a vida? Tem gordinhas que são mais felizes do que magrelas, devemos fazer atividade física por que queremos! Não por pressão da sociedade!
    Visite meu blog e comenta:

    milkshakedapipoquinha.blogspot.com/

    ResponderExcluir