sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alergia, intolerância ou nóia?

Antes de sair por aí se auto-medicando e tirando da alimentação o amendoim, o leite, o ovo, o camarão, e muitos outros alimentos, sob a justificativa de alergia alimentar, saiba que as reações indesejadas à comida são menos comuns do que se pensa. E, quando existem, podem não se tratar de alergia, e sim de intolerância. Em ambos os casos, a avaliação médica e nutricional, inclusive por meio de exames, é fundamental.
Em primeiro lugar, precisamos diferenciar os dois termos. Alergia é uma reação imunológica que pode se manifestar na pele (coceira, vermelhidão), no sistema respiratório (o conhecido edema de glote, ou mesmo crises de asma) e no sistema gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, gases). Já a intolerância, menos problemática, causa somente os problemas digestivos citados, podendo ser uma condição passageira.
Em segundo lugar, descobrir e confirmar uma determinada alergia exige procedimentos específicos, como exame de sangue, teste da substância suspeita diretamente na pele e por fim a retirada do alimento em questão da alimentação da pessoa, para acompanhar sua evolução.
E por que as pessoas desenvolvem alergias e intolerâncias? Não se sabe ao certo, mas alguns fatores contribuem: genéticos, uso de medicamentos, doenças intestinais (como a doença celíaca, que eu abordei em outro post, em que a pessoa têm alergia a uma proteína dos cereais chamada glúten) e até mesmo introdução precoce do leite de vaca na alimentação de uma criança, em substituição ao tão querido e saudável leite materno.
O que eu realmente quero dizer é: façam o favor de não aderir a mais um modismo/nóia alimentar, de parar de consumir alguns alimentos por conta de seu "potencial alergênico". E se sentir alguma coisa, não tome um anti-alérgico ou qualquer outro remédio, procure um especialista.
Fica a dica!

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