De repente, estamos imersos em um redemoinho mental de incertezas,
informações contraditórias, autocrítica e julgamento. Queremos basear nossas escolhas e
decisões alimentares no quanto somos “merecedores”: “como sou magro, posso comer
isso”, ou então “porque sou gordo, não devo comer aquilo”.
A questão é que, quase sempre, quando nos engajamos no “overthinking alimentar”, perdemos a conexão com nosso corpo, com o aqui e agora.
Viajamos em nosso próprio pensamento, criamos suposições e reforçamos crenças
alimentares inadequadas ("se eu comer esse brigadeiro, certeza que vou engordar"). Nossa relação com a comida começa a ficar cada vez
mais complicada e negativa. Pode surgir também uma sensação de angústia e
ansiedade. E quando nos damos conta, já comemos o alimento que era alvo da nossa
escrutinação. E nem sequer sentimos o gosto...
Proponho nesse primeiro post do ano que tentemos não pensar demais nas nossas decisões alimentares, que não nos deixemos levar
pelo nosso redemoinho mental de críticas e julgamentos. Que possamos sentir
mais e nos reconectar com os sinais internos do nosso corpo, para que dessa
forma tenhamos uma melhor relação com a comida e não precisemos pensar no que e
quanto comer de forma obsessiva. Quando nos livramos da culpa e do julgamento,
e das crenças sobre “dever ou não comer”, abrimos espaço para tentar entender
se estamos ou não com fome, ou se é apenas uma vontade; podemos investigar com
curiosidade em que momento a vontade surgiu, e se ela precisa ou não ser
satisfeita naquele momento. Podemos estar em paz com a comida.
Boa semana a todos!
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