Assistindo ao novo filme da Pixar “Divertidamente” (“Inside
out”), lembrei-me de um antigo dizer que coloca que o contrário de
amor não é o ódio, e sim a indiferença. A indiferença pode ser muito mais
destrutiva que este último, e acredito que assim seja com nossas emoções. Ignorar
aquilo que sentimos, não entrando em contato com as emoções por mais dolorosas
que sejam, destrói nossa habilidade de nos conhecermos, de aprendermos algo
valioso sobre nós mesmos e de crescermos e florescermos como pessoas plenas e
felizes. As emoções são verdadeiras bússolas, guiando nosso entendimento do
mundo e nossas atitudes. Ou seja, existe espaço dentro de nós para todas as
emoções. Nada é proibido ou vergonhoso de ser sentido. Inclusive, a crença de
que devemos ser felizes a todo momento é um dos motivos que nos leva a sermos
mais infelizes! Até porque, se não sentíssemos emoções “negativas” (como
tristeza), como saberíamos o que é alegria e contentamento?
Entendo que algumas pessoas (vejo isso em vários pacientes)
têm uma grande dificuldade em sentir e interpretar suas emoções, reagindo
automaticamente a elas e adotando muitas vezes um padrão destrutivo de
comportamento, como se engajar com frequência em comer emocional e compulsão
alimentar. Cabe ao nutricionista que quer trabalhar essas questões perceber e
apontar aos pacientes a maneira como seus sentimentos estão
interferindo em sua relação com a comida; e cabe ao psicólogo, valioso parceiro
nesse processo, trabalhar essas emoções com os pacientes e ajudá-los a criar um
espaço dentro de si mesmos para que essas emoções possam circular e reverberar;
e, talvez, quem sabe, dançar.
Para saber mais:
Ana Carolina, boa tarde!
ResponderExcluirLer esta sua postagem pela segunda vez, foi o presente maior deste domingo.
Obrigado, muito obrigado por estar em minha vida!
Sucesso e momentos felizes!
Daniel